Saint' Clair L. do Nascimento
A vigente Constituição Federal ressalva que aos policiais civis incumbem as funções de policia judiciária e apuração das infrações penais e que, aos policiais militares, cabe a policia ostensiva e a preservação da ordem publica.
Eu vi, dias desses, imagens da “operação penhasco”, realizada na Grande BH e, também, a “operação avalanche” realizada na Zona da Mata e vi, também, quando assistia a um noticioso televisivo das 19:00h, a operação “fim dos dias”.
Eram, todas elas, espetaculosos eventos policialescos militarizados que mostravam a chegada do comboio com viaturas gritantemente caracterizadas, donde desembarcaram policiais civis em suas impressionantes fardas militarizadas, “manchetadas” como as camufladas que se usam nas selvas, com seus coturnos, capacetes, cintos e equipamentos “acartucheirados” e enormes armas reluzentes.
Amigos! “Deu a louca” na Segurança Publica!
As fardas negras, extremamente militarizadas, são usadas atualmente, também, por “comissários de menores”, agentes penitenciários, “fiscais de posturas” e, até, “agentes de saúde”.
Não nos espantará um dia se nos depararmos com enfermeiras de burcas negras, vigilantes com fardões da ABL, garis com becas e togas, vigilantes com vestes monacais e eclesiásticas.
Esse “sanatório geral” se deve, certamente, à polivalência do crime, pois a “bandidagem” ataca hoje de “clínica geral” nos ramos do tráfico das drogas e de armas, do seqüestro e da “pistolagem”, do roubo de carga e do contrabando e, até, nos momentosos “crimes parlamentares” de indecorosos políticos, que estarrecem a Nação.
É o Estado-Legal que capitula e baixa a cerviz para o “estado-bandido” e, enquanto isso, os policiais se divertem: os civis travestidos de militares e os militares, de “sherlocks”.
E, a bandidagem, nessa homérica babel, tem tudo para comemorar, principalmente, em face da elevação geométrica da estatística nacional de homicídios não esclarecidos...
sábado, 1 de agosto de 2009
SANATÓRIO GERAL
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