domingo, 27 de fevereiro de 2011

LAFAYETTE, O IMATURO

Secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada em visita ao Aglomerado da Serra.
        Saint'Clair  Nascimento
Ao enfrentar sua primeira crise no cargo, Lafayete Andrada, o jovem Secretário de Defesa Social de Minas, foi extremamente infeliz e inconseqüente na antecipada e precipitada avaliação sobre o infortúnio das mortes ocorridas na ação policial do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte.
          Titular da pasta mais importante do Secretariado, que conduz a macro  política de Defesa Social, abrangendo as atividades de segurança publica, de policia civil e militar, de bombeiros, de sistema penitenciário e de defesa civil, a trêfega  autoridade quis   “jogar para a platéia” e acabou por perpetrar uma iniqüidade  contra  os militares.
“O boletim de ocorrência inicial registrado por eles é totalmente inconsistente. Na minha opinião esses policiais são bandidos e por isso já estão presos ...” (E.M. 25/02/2011)
Não teve o mancebo Secretário a plena noção de suas responsabilidades perante a opinião pública, das conseqüências das assertivas que faz, pois, mais que ninguém,  tinha por dever constitucional e institucional, de zelar pelo principio sacrossanto da presunção de inocência.
Coincidência ou não, culpado ou inocente, o Cabo PM Fábio de Oliveira, um dos militares indigitados, com 21 anos de ROTAM, jamais indiciado em Inquéritos e com 22 elogios e notas meritórias, matou-se dia 25, na sua cela de preso no Batalhão de Guardas.
O juvenil Secretario posicionou-se prematuramente contra servidores que, pela via indireta são comandados seus, antes de apontadas suas responsabilidades, nas apurações em curso.  É que, ao final, se eventualmente concluir-se pela legitimidade daquela ação policial do Aglomerado da Serra o Secretário terá perpetrado, como cabeça do sistema de defesa social, a mais ignominiosa infâmia contra a dignidade da “Grande Corporação dos Mineiros”- no dizer amigo de Tancredo Neves - a gloriosa Policia Militar de Minas Gerais.
Sim, porque sempre que um militar – mesmo os que de menor patente ou graduação é posto sob o índex,  a  Corporação  como um todo, estará sendo julgada e ele, o Secretário, também. A menos que queira, como político, distanciar-se da Instituição e negá-la como a pensar e dizer: “Não quero envolver-me com essa ralé, com esse segmento desonrado e indigno de minha importante liderança”.
O despreparado Lafayette, a meu modesto ver, perdeu com essa afronta a condição de chefe do sistema de defesa social e devia renunciar ou ser defenestrado do Secretariado para voltar, talvez, daqui a alguns anos, mais anoso, mais experimentado, mais prudente.   Adeus Lafayette! Volte daqui a décadas, mais amadurecido e menos demagogo!  

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

UM PÉSSIMO DIA


Saint´Clair L. Nascimento
Um Sargento PM viveu dia 26 de janeiro último, em Juiz de Fora, uma experiência assaz inusitada e até surreal, quando recebeu “voz de prisão” de uma delegada de polícia, por lhe ter desejado “um péssimo dia”.
O fato, que gerou mesmo um REDS, de número 2011-0001 44220-001, trouxe-me à lembrança os filmes “Um Dia de Cão” protagonizado por Al Pacino em 1975 e “Um Dia de Fúria”, vivido por Michael Douglas em 1993.
O Sargento passara toda a noite, de 25 para 26 de janeiro, inoperante, retido na Delegacia de Polícia, com a viatura e guarnição PM, para registro de uma ocorrência, o que ao final não conseguiu, não naquele plantão.
A praxe, que o vulgo denomina “chá de cadeira”, tem sido usual no relacionamento operacional, nas repartições policiais civis.
Ninguém da Delegacia havia se dignado a justificar, para o Sargento, a recusa de atendimento ou explicar-lhe os motivos da insuportável demora.
Ao amanhecer, já dia claro, o sargento viu passar por ele no saguão, com destino à porta de saída para retirar-se, a funcionária responsável, que deveria tê-lo atendido, no caso a ilustre doutora delegada de policia de plantão.
Vexado e ofendido pela desatenção e desrespeito o Sargento desabafou: “ Tchau Doutora! Que a senhora tenha um péssimo dia!”
A Doutora então voltou e deu-lhe voz de prisão, mas não encontrou entre os detetives que a circundavam, quem se aventurasse a subjugar o preso e nem autoridade policial que ratificasse a prisão feita e lavrasse o competente Auto de Prisão em Flagrante.
“Revogou” ela, então, sponte sua a prisão anunciada e limitou-se a mandar lavrar o REDS supra-referenciado em que, como ofendida, “solicita providências cabíveis”.
O crime do Sargento PM foi desejar “um péssimo dia” a uma colega da profissão policial que, com a maior descortesia, lhe pespegara “uma péssima noite”.

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