quarta-feira, 30 de março de 2011

A HONRA E A DESONRA

Vice Presidente José Alencar

Saint’Clair L .do Nascimento

O empresário José de Alencar Gomes da Silva, Ex-Vice-Presidente do Brasil se foi ontem, dia 29 e nas suas exéquias,  a mídia repetia, à saciedade, a resposta que deu ele, a quem indagava de seu estado de espírito, ante a devastadora enfermidade:
“Não temo a morte! Deus se quiser me leva, com câncer ou sem ele. O que temo, mesmo, é a desonra”
A refutação do grande brasileiro trouxe-me à lembrança os políticos “fichas-sujas”, meliantes que não temem a desonra.
Alcançaram, os ratoneiros, uma espetacular vitória no STF, uma benesse concedida pelo recém- nomeado ministro Luiz Fux; o voto desempatador do celebrado jurista privilegiou o principio constitucional da anualidade, em detrimento do princípio, também constitucional, da moralidade, um primado da CF/88.
A moralidade, a decência, o pudor e a honestidade são valores de que a Nação nunca esteve tão carente. Os “fichas-sujas” que constituem uma enorme e facinorosa caterva nos níveis federal, estadual e municipal, ostentaram para a Nação perplexa e desprotegida, o seu imenso e ignoto poder de mobilização.
Estou com o eminente Juiz Dr. Marco Aurélio Lyrio Reis, nosso líder juizforano do Movimento Tiradentes para quem, ao privilegiar o principio da anualidade, o ministro desempatador fez “a opção pela malandragem”.
A moralização e a faxina da política no Brasil, com a catarse do processo eleitoral tornando inelegíveis os safardanas está adiada, mas a Nação tem de ser reconhecida aos votos vencidos dos sobre-juízes Ayres Brito, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Carmen Lucia e Ellen Gracie, que cerraram fileira com os 1 milhão e 600 mil signatários da memorável mobilização popular.
E, não obstante sua postura imprevidente vimos, com estupefação, esta assertiva surpreendente que o ministro Fux fez, em seu polêmico voto:   
“A Lei da Ficha Limpa é um dos mais belos espetáculos democráticos, posto que é uma lei de iniciativa (popular) com escopo de purificação do mundo político.”
  

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sexta-feira, 18 de março de 2011

FERIADÕES, UMA TRAGÉDIA NACIONAL

Saint’Clair Luiz do Nascimento


O título acima é de um artigo que publiquei na Tribuna de Minas de domingo 23 de setembro de 2007, sobre as férias, os feriadões e “enforcamentos”, em que os brasileiros, prelibando dias de ócio e lazer revigorantes, lançam-se nas estradas com suas famílias e são engolfados na caudal dos acidentes fatais que eliminam, muitas vezes, a família inteira.  
Advertia, então, sobre o feriadão iminente de 12 de outubro, Dia da Padroeira, que, a exemplo do ultimo 7 de setembro, cairia numa sexta-feira e emendaria até segunda-feira. O feriado do Dia da Pátria de 2007, entre 6 e 9 de setembro,  registrara 1.754  acidentes com um saldo de 141 mortes,  além de 1.186 feridos e mutilados.
No texto eu deplorava que, celebrações como a confraternização universal, o carnaval, a semana santa e os brasileiríssimos “enforcamentos” ensejassem tanta carnificina, tanta tragédia familiar, tanto tributo cobrado em vidas, uma verdadeira chacina em que predomina a abrupta interrupção de vidas jovens e promissoras, verdadeiras promessas para a Pátria do futuro.
Passaram-se quatro anos e veio o carnaval de 2011 que, a exemplo dos anteriores e dos demais feriadões, continua cobrando e recebendo o seu percentual das vidas imoladas em holocausto ao “deus automóvel”. Neste carnaval de 2011 ocorreram - somente nas rodovias federais - 4.165 acidentes, em que foram identificadas 3.124 pessoas alcoolizadas e nos quais pereceram 213 pessoas, sem falar-se nos feridos e mutilados de sempre. 
O que mais nos aflige nessa matança é a indiferença das autoridades brasileiras que não investem em duplicação de rodovias, fator evidente de redução de casos.      Incomoda-nos, também, a indiferença com que apáticos assistimos, ano a ano, a cada feriadão, a essa tragédia nacional repetitiva, com a mesmice da mortandade que nos assola, produzida, sobretudo, pela nossa índole transgressora.
É injusto que tal morticínio inútil persista e cresça em tal progressão geométrica..  Nem nos aventuramos a uma soma aritmética de, por exemplo, últimos dez anos, que seria assustadora, aterrorizante. A verdade é que nossos dias de ócio e despreocupação tornaram-se para nós os “feriadões do mal”!









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