domingo, 19 de julho de 2009

A INVASÃO NEFASTA DOS ESTRANGEIRISMOS


Saint' Clair L. do Nascimento

Não me considero purista e, muito menos, xenófogo.
Incomoda-me, todavia, a perniciosa invasão dos estrangeirismos em nosso cotidiano caboclo, a macular o vernáculo nosso de cada dia.
O galicismo, por exemplo, dominante até a década de 1050, enquanto imperou no mundo a influência cultural francesa, voltou agora com muita força.

A forma mais detestável desse galicismo atual é, sem dúvida, o gerundismo, uma locução verbal de uso recentemente incrementado, de verbos no gerúndio, principalmente por seu emprego sistematicamente impreciso.
Vem trazido de supetão, pela empresas de “telemarketing” e invadem nossa linha telefônica e nosso televisor, com uso de frases como:
- Perdão, senhor, estarei disponibilizando essa informação amanhã!
- Senhor, à tarde estaremos informando o número da conta!
- O senhor estará recebendo em casa, o seu boleto!
- O Senhor nos estará abençoando!
Vi e ouvi, até, um Coronel de Polícia paulistano dizer, em rede nacional:
- A Policia sob meu comando, estará fazendo presença aqui, enquanto estiver durando, a invasão!
Outro estrangeirismo intragável é o anglicismo, vício de linguagem consistente no uso indiscriminado de termos e expressões inglesas, em detrimento de designações existentes em bom português e perfeitamente adequadas.
Surgiram após a segunda guerra mundial, quando os norte-americanos apareceram como donos da potência hegemônica, a impor ao mundo a sua cultura e os produtos de sua indústria, carente de novos mercados.
Ando pela cidade e parece-me estar em país estrangeiro, quando vejo as placas indicativas de alimentação do Mcdonalds, e as atividades máster de segurança alarm power.
Adiante vislumbro a desentupidora new get, o curso de idiomas colleges, medicamentos farmaliveery e as persianas harvey´s.
Para parecer culto e cosmopolita, denominamos de cowboy, o nosso vaqueiro; o travesti virou drag queen e a loja de materiais de construção, tornou-se homecenter.
Uma nação que se submete assim, de forma tão pacífica à colonização cultural está a jogar pelo ralo, deliberadamente, a formosura da “última flor do Lácio, inculta e bela”, tão venerada por Bilac e pelos beletristas.
Um povo que assimila com tal fidelidade e subserviência esses inaceitáveis estrangeirismos está vivendo, à toda evidência, uma grave crise de identidade.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

EMENDA Nº 12/06, A “PEC DO CALOTE PÚBLICO”

Saint' Clair L. do Nascimento

A Nação, mormente o mundo jurídico, insurge-se contra a Proposta de Emendada Constitucional nº 12/06, já “batizada” de “PEC do Calote Público”.
A proposta cria um ardiloso “leilão de precatórios” que, a par de quebrar a ordem cronológica da fila, cria a figura do arrematante único, o próprio ente estatal devedor, uma manobra de cunho manifestamente impudico, indecoroso e torpe.
O precatório - todos sabemos - é uma herança maldita do direito português, inserido no direito constitucional brasileiro a partir da Constituição Getulista de 1934, a denominada “polaca”, pelo Estado-Juiz para beneficiar o Estado-Parte nas demandas judiciais.

Trata-se de um processado iniciado ao fim da execução do julgado, quando o Juiz oficia ao Tribunal, requisitando o pagamento da sucumbência do Estado, o débito apurado e, a partir daí o credor é inscrito numa imensa, infindável e histórica fila.
Trata-se de uma reforma à Constituição aviada pelo Governo Federal, postulada por Governadores e Prefeitos, já aprovada no conspurcado Senado brasileiro e encaminhada para votação na Camada de Deputados.
Em Minas, quando Aécio Neves assumiu o Governo, a fila estava parada porque o Estado não pagava um só credor de precatórios, há quase trinta anos.
O Governador conseguiu criar, com a Resolução nº 519/2007 da Corte Superior do T.J.M.G., a Central de Conciliação de Precatórios, onde a parte credora é induzida a negociar o recebimento de seu crédito, em patamar extremamente aviltado.
A “negociata oficial” revelou-se um sucesso porque a parte – ante a sombria perspectiva de morrer credora, na fila iníqua e imobilizada - aceita o recebimento da ignominiosa pecúnia que lhe impõem, para assim dar por finda a demanda, serenar seu espírito e finar-se em paz.
Pretendem impor à Nação, goela abaixo, essa “PEC do Calote Público”, que além de provocar engulhos e náuseas, constitui-se num retrocesso e representa um atentado ao Estado Democrático de Direito e uma afronta ao Pacto Republicano
A Ordem dos Advogados do Brasil promoveu no último dia 6 de maio, em Brasília, a “Marcha da Cidadania contra a “PEC do Calote”, que se encerrou com a entrega de vigoroso manifesto ao presidente da Câmara dos Deputados.

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terça-feira, 14 de julho de 2009

UM VELHO E SAUDOSO QUARTEL

Saint' Clair L. do Nascimento


Criado em 1890 com o nome de 2º Corpo de Polícia, o "Dois de Ouro" foi transferido para Juiz de Fora, onde chegou em 1911, no dia 06 de agosto, já então com o nome de 2ºBCM - Batalhão de Caçadores Mineiros. O Batalhão desembarcou do comboio ferroviário e marchou garboso, tendo á frente sua Banda de Música, as Bandeiras e Pavilhões e ocupou as instalações da desativada Hospedaria dos Imigrantes, ao lado do Cemitério dos Italianos, na colina do logradouro que se chamaria, Bairro Santa Terezinha, a partir da canonização da religiosa, o0corrida em 1925.

Adaptações foram sendo feitas para adequar o aquartelamento às necessidades da Tropa, dentre elas ao do belo Quartel edificado em 1936 pelo Comandante, coronel José Pinto de Souza com a bela arquitetura neo-clássica, que conservaria até 1972, ano de sua demolição, quando então se chamava 2º Batalhão de Infantaria. A ilustração mostra a bela fachada do Pavilhão do Comando que se aprofundava em formato de cruz, com quatro alojamentos, gabinetes de comandantes de companhia, sargenteações, sala de armeiros e pátios internos, para abrigar três companhias de fuzileiros e uma companhia de comandos e serviços.

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quarta-feira, 8 de julho de 2009

O ALCAIDE

Saint Clair L. Nascimento

O Alcaide, na tradição administrativa portuguesa, era o governante da vila ou do burgo e suas funções correspondiam as do atual prefeito, um mandatário como o que elegemos para governar nossa cidade, a cada quatro anos, responsável pelo bem estar dos administrados, pela prestação de serviços urbanos capazes de gerar conforto.

Mas nosso Alcaide precisa contemplar nosso Bairro Santa Terezinha com olhos de ver, pois constituimnos um grande conglomerado, com formidável estrutura residencial e administrativa que o torna fundamental para o bom funcionamento de nossa cidade e que precisa ser assistido pelo governante municipal, com a percepção de que além de bairro densamente residencial, é um influente espaço centralizador de órgãos importantíssimos dos Governos Federal, Estadual e Municipal.
Aqui funcionam e setores dos quais toda a cidade muito depende, como o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes-DNIT, o Departamento de Estradas de Rodagem-DER/MG, o Instituto Cândido Tostes-EPAMIG, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer–SMEL/CESPORTE, Agência deCorreios, a REGIONAL DA CESAMA e o Reservatório Henriques de Novais, onde deságuam adutoras que abastecem a cidade.
Na defesa social aqui pontificam a 7ª Delegacia Regional de Segurança Publica e o Comando da 4ª Região da Policia Militar, que atendem Juiz de Fora, Zona da Mata e Vertentes e, no ensino, situam-se no Bairro o Colégio Tiradentes da PMMG, o Colégio Estadual de Minas Gerais, a Escola Estadual Dr. José Eutrópio, a APAE, a Escola Mercedes Nery, além de modernas agências dos Bancos Bradeco e Itau.
Historicamente, Santa Terezinha é geratriz e bairro-mãe, do qual se originaram as comunidades adjacentes do Bom Clima, Centenário, Eldorado, Nossa Senhora das Graças, Quintas da Avenida, Vale dos Bandeirantes, Parque Guarani e Vivendas da Serra, comportando uma população estimada em mais de cem mil habitantes/contribuintes.
Na defesa social aqui pontificam a 7ª Delegacia Regional de Segurança Publica e o Comando da 4ª Região da Policia Militar, que atendem Juiz de Fora, Zona da Mata e Vertentes e, no ensino, situam-se no Bairro o Colégio Tiradentes da PMMG, o Colégio Estadual de Minas Gerais, a Escola Estadual Dr. José Eutrópio, a APAE, a Escola Mercedes Nery e inúmeras e conceituadas escolas particulares.
Santa Terezinha tem modernas e confortáveis agências bancárias Itaú e Bradesco e Caixas eletrônicos do Banco do Brasil, a revendedora Thema de automotores, um belo departamento das Lojas Americanas e amplo supermercado da Rede Bretas.
Não obstante essa importância, nenhum governante trouxe ao Bairro uma creche municipal ou uma quadra de esportes coletivos, como em tantos outros concentrados existe.
A Rua Josué de Queiroz para onde dá fundos o Supermercado, por sua largura, poderia transformar-se em um belo boulevard, ajardinado, um calçadão com um comércio intenso e florescente.
Para tanto bastaria ser lajeado o fétido canal de esgoto a céu aberto que a corta ao meio e que nos impõe a exalação e o miasma de sua caudal de secreções orgânicas, além de dejetos industriais e acúmulo de objetos descartados no córrego por deseducados, detentores de uma estupidez malsã.
Peçamos ao Alcaide, a mercê de um olhar para Santa Terezinha!!!

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