quinta-feira, 13 de maio de 2010

NOSSO POBRE CONE-SUL




Stanislaw Ponte Preta, alter ego do saudoso jornalista Sérgio Porto, num rasgo de genialidade, produziu em 1966 o saboroso “FEBEAPA – O Festival de Besteira que Assola o País”, um clássico da crônica brasileira.
Stanislaw faz-nos muita falta, nestes dias em que o “besteirol” está em Ascenso.
Podíamos, até por extensão, dar ao FEBEAPA, mui apropriadamente, a transcendência das fronteiras nacionais e a abrangência de nosso território continental, cujas nações estão governadas por políticos deveras extravagantes.
Cada um deles se esforça para produzir disparatados e insensatos desregramentos de linguagem, que fazem a delícia da imprensa especializada.

Na Bolívia, o índio Presidente, Evo Morales, que em 2008 nos humilhou, ao tomar de assalto e ocupar as refinarias da Petrobrás em seu País fez, na terça-feira, 13 de abril, uma declaração, no mínimo hilária:
“Os homens devem ficar longe de frango, se quiserem seus cabelos e sua virilidade.”
Acusou os produtores de injetar hormônio feminino nas aves e acrescentou:
“ ... e por isso os homens que os consomem podem ter “problemas para serem homens.
Atribuiu tais “males” ao capitalismo: - “Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra”
La na fria Argentina, no final de janeiro, a Presidente Cristina Kirchner, disse para empresários na Casa Rosada, sede de seu governo:
“Comer carne de porco melhora a atividade sexual. Além do mais, acho muito mais gostoso comer um leitãozinho assado do que tomar Viagra.”
Declarou ter comido um leitão assado em sua residência de El Calafate, no fim de semana, junto com o marido Néstor, e que o resultado “foi impressionante”.
Na bolivariana Venezuela, na caudal de seus absurdos, o Presidente Hugo Chávez, em fins de 2009, iniciou campanha contra o consumo de água e energia.
Chaves aconselha banhos de três minutos: um para ensaboar, um para enxaguar e um para enxugar e, disse em sua longa e cansativa arenga:
“Algumas pessoas cantam no banheiro por meia hora. Não, garotos, três minutos é mais do que suficiente. Eu contei, três minutos, e eu não tenho fedor”.
No Paraguai o bispo Fernando Lugo, empossado na Presidência em 2009, disse:
“ Peço perdão, reiteradamente!”
O bispo enfrenta os escândalos de um processo por estupro e denúncias de paternidades reiteradas, apresentadas por extensa lista de suas mulheres, dentre elas Damiana Amarrilla, Benigna Leguizamón e Viviana Caríllo.
Aqui, no Brasil, nosso Presidente, que havia dito um dia “eu não tenho pecado”, comparou os presos dissidentes políticos de Cuba aos presos delinqüentes de São Paulo, e agora, sobre a campanha política saiu-se com esta infeliz assertiva: - “Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.”
Ainda aqui no Brasil, no reveillon de 2009 senti-me em plena Manor Farm de Orwel, onde se deu a extraordinária “revolução dos bichos”, quando li a profunda metáfora suína de nosso inefável Presidente, ao explicar a seus turbulentos aloprados, porque contemplava com verbas, também, os Estados governados pela oposição:
“Não se pode negar comida ao porco, por não gostar do dono do porco.”
Arre! Que safra ruim!...

Clik aqui e leia o artigo completo …