Saint'Clair l. do Nascimento
No dia 25 deste agosto de 2009 – mês de gostos e desgostos, segundo o imaginário popular - completam-se 19 anos do famigerado seqüestro de quatro militares por cinco bandidos, foragidos do Presídio de Segurança Máxima de Contagem, Grande BH.
Nesse extraordinário evento criminoso com desfecho em Juiz de Fora, no cativeiro da Rua das Margaridas e que empolgou Minas e o Brasil, os cinco empedernidos seqüestradores eram Wellington Moreira, o “Leitão”, Edson Cordeiro, o “Peninha”, Geraldo Velloso, o “Geraldinho”, Sebastião Pereira, o “Tiãozinho” e Antônio Rocha, o “Popó”.
As vítimas seqüestradas foram os militares Capitão PM Luciene Albuquerque - que os bandidos aceitaram trocar por seu marido, Coronel PM Edgar Soares - Tenente PM Mauricio Sávio, Tenente PM Alexandre Lucas e Sargento PM Luiz Gonzaga Ribeiro.
Em meu livro “Rua das Margaridas, Uma Pungente Odisséia Mineira” editado em 2006, narro esse drama chocante, que maltratou a paz mineira e até, brasileira, por 13 dias e falo da posterior morte de quatro dos seqüestradores, nos Presídios em que se encontravam recolhidos e da conversão de Popó, único sobrevivente, ao protestantismo e a pregação de seu testemunho de “ovelha transformada”.
Surpreenderam-me, agora, em 10 de abril de 2009, as manchetes jornalísticas: - “Polícia prende “Popó” no Centro de BH” e descobri, então que “Popó”, condenado a 128 anos, estava foragido há 09 anos, desde o ano 1999, quando lhe foi concedido um equivocado livramento condicional, revogado um ano depois, em 2000.
“Popó”, além das condenações anteriores, havia sido julgado à revelia, em março de 2009, na Comarca de Esmeraldas, Grande BH, pela fuga de 1990, o seqüestro dos militares, a formação de quadrilha e o cárcere privado, além do co-autoria nos assassinatos do agente penitenciário Gilson Rafael de Oliveira, do tenente Maurício Sávio e tentativa de assassinato no Tenente Alexandre Lucas e Sargento Luiz Gonzaga, e condenado à pena de 21 anos de reclusão.
“Popó”, nos últimos dois anos, foi faxineiro da Igreja Batista Getsémani, contratado com nome falso de Milton Rosa e, dela havia sido expulso, por ameaça a outros irmãos evangélicos. Usava também documentos com nome falso de Pedro Andrade Lima e vendia um DVD, em que contava a sua demoníaca vida de crimes e sua “conversão”.
domingo, 16 de agosto de 2009
RESSURGIU “POPÓ”, SEQUESTRADOR E HOMICIDA
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