Em setembro de 2010 postei neste Blog um artigo sob o título acima, em que deplorava o mau destino dado à imundície que produzimos como lixo doméstico, lixo orgânico, lixo industrial, lixo tóxico, lixo eletrônico, lixo químico, lixo atômico, tudo descartado na natureza de forma aleatória e criminosamente inconseqüente, além do abundante lixo espacial, que fazemos gravitar em nosso espaço sideral.
Naquele texto denunciávamos que os europeus - com a facinorosa conivência de gananciosos e impatrióticos empresários brasileiros - haviam descoberto o “caminho das pedras” ao escolher o Brasil como destino final de sua sujidade, como se fôssemos o “lixão do mundo”.
Com efeito, na época, a imprensa anunciava a apreensão em Porto Alegre de uma carga de 10 toneladas de lixo importado de Hamburgo, Alemanha, em conteiners que traziam a falsa indicação de “Aparas de Polímeros de Etileno”.
Continham, em realidade, embalagens usadas de produtos de limpeza, fraldas descartáveis ainda com excrementos e sobras de alimentos vencidos, importados pela firma gaúcha “Recoplast, Recuperação e Comércio de Plásticos”.
Em 2009 foram apreendidos no Porto de Santos/SP, 42 toneladas de lixo tóxico procedentes da Inglaterra, material classificado como infectante, que o Governo brasileiro com base na Convenção de Basiléia, restituiu às suas conspurcadas origens britânicas.
Pelo noticiário recente parece-nos que, como Dom João VI em 1808 abriu os portos brasileiros ao comércio com as nações amigas, o Brasil de agora abriu-se à importação de doenças “gringas”, através do lixo hospitalar que nos mandam os americanos do norte.
Foram apreendidas 23 toneladas de lençóis e fronhas ensangüentados, jalecos, seringas hipodérmicas, luvas usadas e cateteres, exportados do porto norte-americano de Charleston e chegadas ao porto de Suape, Pernambuco, importados por empresa de Santa Cruz do Capibaribe.
Esses maus brasileiros, importadores de doentias sobras e repugnantes detritos estrangeiros, em sua carência de amor-próprio e impulsionados por seu imenso complexo de inferioridade não se pejam - principalmente por ganância - de expor a Nação ao escárnio de outros povos.
Por lhes faltar brio e altivez afrontam, de forma soez e ignóbil, o nosso “orgulho nacional”, já tão ferido, fragilizado e vilipendiado pelos continuados escândalos financeiros que nos impingem a nossa despudorada classe política.
Nossas autoridades deviam enquadrar esses velhacos “importadores” de material infectado, na prática delituosa de “Crime contra a Incolumidade ou a Saúde Pública” ou de “Perigo Comum”, consistentes na promoção de epidemia, mediante propagação de germes patogênicos, tal como já previstos em nossa legislação penal.
Infelizmente, da cogitação de tais medidas repressivas, não temos notícia.
Só a Divina Misericórdia, para nos proteger de nós mesmos!
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